Audição:Sentido de função altamente adaptativa, a audição foi útil aos nossos ancestrais em suas atividades de caça e de defesa (é importante ter em mente, sempre, nossa condição de "mamíferos de porte médio", pois ela é decisiva na maneira como interpretamos o mundo e, inclusive, na maneira como fazemos ciência). Hoje em dia, para o ser humano moderno, é notável a importância da audição e sua sensibilidade às diferenças entre vozes, nos cuidados para com os bebês, por exemplo, sendo que se destaca a capacidade das mães de reconhecerem pequenas variações no choro do bebê que indica diferentes necessidades. Nossa audição é adaptada para captar melhor aqueles sons dentro da faixa de freqüência da voz humana.
O estímulo sonoro é dependente de uma mídia que o propague, tal como o ar, pois aquilo que escutamos é a vibração das moléculas desta mídia - as ondas sonoras, captada por nossos ouvidos.
A energia destas ondas, ou amplitude, é chamada de intensidade ou audibilidade, e é medida em decibéis (dB), sendo que 0 (zero) decibéis é um limiar absoluto ideal (não precisa necessariamente ser o meu, ou o teu limiar absoluto, mas foi aquele determinado para a elaboração da medida). Por se tratar de uma medida logaritma, 60 decibéis, a medida de uma conversa normal, representam um aumento na ordem de 10.ooo vezes sobre 20 decibéis, a medida de um sussurro. A exposição prolongada a sons acima de 85 dB pode causar perda auditiva.
O aparelho auditivo é formado pelas orelhas, que canalizam o som para os canais auditivos que o levam ao tímpano, uma membrana que vibra com a mídia que transmite o som. O tímpano faz com que o som passe pelo martelo, bigorna e estribo, um conjunto de ossos que amplifica e transmite o som até a cóclea, uma concha provida de uma membrana em sua entrada, a janela oval, e recoberta pela membrana basilar, com suas células especializadas na captação sonora, as células ciliadas. O som que ouvidos é resultante da transdução da vibração destas células em impulsos nervosos que são transmitidos ao córtex auditivo no lobo temporal.
É importante notar que além das orelhas internas, médias e externas, a configuração dos nossos crânios também tem um papel na maneira como ouvimos, sendo que podemos notar isso, geralmente com alguma surpresa, na diferença percebida ao ouvirmos nossas próprias vozes reproduzidas em algum meio eletrônico em relação à maneira como ouvimos nossas vozes enquanto falamos.
A teoria espacial, que afirma que sons de diferentes intensidades disparam células em diferentes áreas da membrana basilar da cóclea, e portanto um número diferente de células, explica como somos capazes de detectar diferentes níveis de alturas elevadas; enquanto a teoria da freqüência afirma que toda a membrana basilar vibra com a chegada dos sons, na mesma taxa da onda que chega, de forma que as células ciliares disparam alternadamente, explicando assim como podemos ouvir sons de altura baixa. Ambas as teorias combinadas são úteis para explicar como ouvimos os sons intermediários.
A localização de nossas orelhas também demonstra sua função adaptativa, pois estando fixadas em dois lados opostos do crânio permitem que tenhamos uma idéia da direção e distância de onde os sons que ouvimos se originam, a audição estereofônica. Enquanto nossos olhos são voltados para a frente, nos conectando com uma porção do mundo exterior delimitada pelo nosso campo de visão, os ouvidos completam nossa percepção dos objetos externos que não estão ao alcance do sentido do tato, da termocepção ou mesmo do olfato, nos trazendo informações daquilo que está a nossa volta.
A perda auditiva condutiva se refere à problemas com a condução mecânica das ondas sonoras, e a perda auditiva sensorioneural se refere à danos nas células ciliadas receptoras da cóclea e/ou de seus nervosos associados.
Fontes:
Myers, Psicologia; Davidoff, Introdução à Psicologia.
Curiosidades:
Você sabia que a exposição prolongada à poluição sonora causa um grande impacto na saúde do organismo, sendo uma fonte de estresse que pode resultar em doenças em razão do esgotamento do sistema nervoso e cardiovascular?
Que muitos prédios considerados como assombrados nada mais são do que áreas de grande poluição de infra-sons, que podem se originar por causas tão diversas quanto o trânsito automotivo, atividade industrial e o vento, cuja exposição continuada pode causar mal estar, desorientação e até mesmo alucinações auditivas e visuais em seres humanos?
Que deficientes visuais, com algum treinamento, podem se guiar pelo fenômeno da ecolocalização humana que capta a posição e a distância dos objetos de diferentes materiais pela reflexão das ondas sonoras, emitidas pelo bater de uma cânula oca ou por estalos com a língua?
Que o sentido da audição também está sujeito a ilusões, assim como o sentido da visão?
Fontes: Myers, Psicologia; Davidoff, Introdução à Psicologia.
O estímulo sonoro é dependente de uma mídia que o propague, tal como o ar, pois aquilo que escutamos é a vibração das moléculas desta mídia - as ondas sonoras, captada por nossos ouvidos.
A energia destas ondas, ou amplitude, é chamada de intensidade ou audibilidade, e é medida em decibéis (dB), sendo que 0 (zero) decibéis é um limiar absoluto ideal (não precisa necessariamente ser o meu, ou o teu limiar absoluto, mas foi aquele determinado para a elaboração da medida). Por se tratar de uma medida logaritma, 60 decibéis, a medida de uma conversa normal, representam um aumento na ordem de 10.ooo vezes sobre 20 decibéis, a medida de um sussurro. A exposição prolongada a sons acima de 85 dB pode causar perda auditiva.
O aparelho auditivo é formado pelas orelhas, que canalizam o som para os canais auditivos que o levam ao tímpano, uma membrana que vibra com a mídia que transmite o som. O tímpano faz com que o som passe pelo martelo, bigorna e estribo, um conjunto de ossos que amplifica e transmite o som até a cóclea, uma concha provida de uma membrana em sua entrada, a janela oval, e recoberta pela membrana basilar, com suas células especializadas na captação sonora, as células ciliadas. O som que ouvidos é resultante da transdução da vibração destas células em impulsos nervosos que são transmitidos ao córtex auditivo no lobo temporal.
É importante notar que além das orelhas internas, médias e externas, a configuração dos nossos crânios também tem um papel na maneira como ouvimos, sendo que podemos notar isso, geralmente com alguma surpresa, na diferença percebida ao ouvirmos nossas próprias vozes reproduzidas em algum meio eletrônico em relação à maneira como ouvimos nossas vozes enquanto falamos.
A teoria espacial, que afirma que sons de diferentes intensidades disparam células em diferentes áreas da membrana basilar da cóclea, e portanto um número diferente de células, explica como somos capazes de detectar diferentes níveis de alturas elevadas; enquanto a teoria da freqüência afirma que toda a membrana basilar vibra com a chegada dos sons, na mesma taxa da onda que chega, de forma que as células ciliares disparam alternadamente, explicando assim como podemos ouvir sons de altura baixa. Ambas as teorias combinadas são úteis para explicar como ouvimos os sons intermediários.
A localização de nossas orelhas também demonstra sua função adaptativa, pois estando fixadas em dois lados opostos do crânio permitem que tenhamos uma idéia da direção e distância de onde os sons que ouvimos se originam, a audição estereofônica. Enquanto nossos olhos são voltados para a frente, nos conectando com uma porção do mundo exterior delimitada pelo nosso campo de visão, os ouvidos completam nossa percepção dos objetos externos que não estão ao alcance do sentido do tato, da termocepção ou mesmo do olfato, nos trazendo informações daquilo que está a nossa volta.
A perda auditiva condutiva se refere à problemas com a condução mecânica das ondas sonoras, e a perda auditiva sensorioneural se refere à danos nas células ciliadas receptoras da cóclea e/ou de seus nervosos associados.
Fontes:
Myers, Psicologia; Davidoff, Introdução à Psicologia.
Curiosidades:
Você sabia que a exposição prolongada à poluição sonora causa um grande impacto na saúde do organismo, sendo uma fonte de estresse que pode resultar em doenças em razão do esgotamento do sistema nervoso e cardiovascular?
Que muitos prédios considerados como assombrados nada mais são do que áreas de grande poluição de infra-sons, que podem se originar por causas tão diversas quanto o trânsito automotivo, atividade industrial e o vento, cuja exposição continuada pode causar mal estar, desorientação e até mesmo alucinações auditivas e visuais em seres humanos?
Que deficientes visuais, com algum treinamento, podem se guiar pelo fenômeno da ecolocalização humana que capta a posição e a distância dos objetos de diferentes materiais pela reflexão das ondas sonoras, emitidas pelo bater de uma cânula oca ou por estalos com a língua?
Que o sentido da audição também está sujeito a ilusões, assim como o sentido da visão?
Fontes: Myers, Psicologia; Davidoff, Introdução à Psicologia.
Blog: PsicologiaRG
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